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Criatividade, Inovação e Empreendedorismo

“Você vê as coisas que existem e pergunta: Por quê? 

Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: Por que não?”

Bernard Shaw

Devemos, desde já, combinar que criatividade, inovação e empreendedorismo são conceitos distintos entre si.

  • Criatividade é um ato deliberado de alguém que criou uma nova solução para um problema antigo ou um novo conceito para um serviço ou produto potencialmente útil, ou seja, alguém que desenvolveu habilidades criativas necessárias à mudança de conceitos e percepções. No nível mais simples, “criação” significa fazer existir algo que não existia anteriormente.

O processo da criatividade contempla o pensamento não convencional, experimentação, ambiguidade, incerteza, intuição, surpresa, audácia, exploração, pesquisa,…

Ideias originais, entretanto, são raríssimas. Nada pode ser criado do nada e qualquer nova ideia é uma associação de algo abstrato que se conecta a algo concreto e que já existe e a maioria esmagadora deriva de invenções anteriores que já estavam aí.

  • Inovação não quer dizer simplesmente criatividade ou invenção. Em inovação, isso é apenas o começo. A criatividade que conta para a inovação tem disciplina e método e é um processo que pode ser sistematizado.

O processo da inovação compreende a construção do valor transformando o conceito em realidade, através do pensamento convencional, precisão, compensações bem calculadas, riscos baixos, eficiência, produtividade, gerando resultado mensurável em dinheiro.

Em outras palavras, a inovação significa dinheiro novo.

Assim sendo, cabe às lideranças ou gestores da organização uma decisão clara sobre a estratégia de inovação no seu Modelo de Negócios, optando em “jogar para ganhar” ou em “jogar para não perder” conscientes de que a maneira como você inova define o que você inova.

Os elementos da inovação – liderança, estratégia, processos, recursos, indicadores de desempenho, mensuração e incentivos – e a maneira pela qual são determinados (estrutura e cultura organizacionais) têm um grande efeito sobre a extensão e a qualidade da inovação que uma organização realiza.

A implicação disso é que não faz sentido exigir mais ou melhor inovação sem, em primeiro lugar, observar adequadamente a maneira como a empresa inova.

  • Empreendedores são todos os “sonhadores que realizam”, aqueles que assumem a responsabilidade pela criação de inovações de qualquer espécie dentro de uma organização: eles sabem como transformar uma ideia em uma realidade lucrativa.

A inovação é o instrumento específico do espírito empreendedor (vontade de realizar, coragem para ousar e assumir riscos e capacidade para inovar). Os empreendedores praticam a inovação sistemática, que consiste na busca deliberada e organizada de mudanças e na análise sistemática das oportunidades que tais mudanças podem oferecer. Embora constituam a minoria nas empresas, eles criam algo novo, diferente e mudam ou transformam valores obtendo dinheiro novo.

Os empreendedores são, naturalmente, orientados para a ação. Ao invés de planejar indefinidamente, eles começam, quase de imediato, a fazer algo para realizar seus sonhos.

Um dos traços mais consistentes do empreendedor é a falta de disposição para aceitar um NÃO como resposta.

Eles querem mais.

Não se contentam em simplesmente melhorar o que já existe, ou em modificá-lo. Procuram criar valores e satisfação novos e diferentes, convertendo um “material” em um “recurso” e combinam esses recursos disponibilizados em uma nova e mais produtiva configuração.

Os empreendedores bem-sucedidos não esperam até que recebam “clic” e este lhes dê a “ideia cintilante”.

Eles põem-se a trabalhar.

Em resumo, eles não buscam a “sorte grande” que irá “revolucionar o mercado”, criar um “negócio de bilhões”, ou “tornar alguém rico da noite para o dia”.

Os empreendedores bem-sucedidos, qualquer que seja sua motivação pessoal – dinheiro, poder, curiosidade, desejo de fama ou reconhecimento – tentam proporcionar uma contribuição e criar valor ou dinheiro novo.

Todo mundo lamentou quando Beethoven perdeu sua audição, mas ele prosseguiu para compor aquelas que muitos consideram suas melhores obras.

Como muitos grandes compositores, ele podia ouvir a música em sua mente e testar diferentes ideias, sem tocá-las em um instrumento.

Embora surdo, seu poder de imaginação era grande o suficiente para que ele “ouvisse” toda a sinfonia.

Portanto, uma vez que uma de suas ferramentas mais básicas é sonhar com os olhos abertos, a inclinação natural dos empreendedores é brincar com uma nova oportunidade de negócio com os olhos da mente, considerando as muitas maneiras diferentes de ir adiante e as muitas barreiras que poderão encontrar ao longo do caminho.

Como conseguem prever as barreiras, os empreendedores podem planejar maneiras de contorná-las antes de ficar bloqueados em uma luta letal com uma situação insolúvel.

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