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Benefícios da COVID-19

A pandemia Covid-19 (“coronavírus”), a maior crise mundial já vista no período de pós-guerra, deixou o mundo de joelhos em apenas 15 dias e carbonizou as esperanças de todas as pessoas com a ameaça ao nosso bem mais precioso: a vida.

Por essa, ninguém esperava…

Não importa o motivo da origem

Não importando qual teria sido o motivo para origem desse vírus (intencional, criminoso, biológico, esotérico, espiritual ou pedagógico), o fato é que essa pandemia chegou com absoluto poder para desestabilizar a espécie humana. E o recado que ela trouxe foi claro: a vida terá que ser conduzida de forma diferente daqui em diante!

Ou alguém ainda imagina que as coisas voltarão a ser as mesmas depois que a Covid-19 deixou o mundo perplexo, sem saber o que fazer ou para onde ir?

Resignadas a ficar sitiadas dentro de casa de forma repentina e sem poder contar com qualquer plano B ou rota de fuga dessa situação, as pessoas não conseguiram reverter a situação de início.

Reféns de um contexto para o qual ninguém estava preparado, governos e indivíduos em confinamento entraram em rota de colisão na busca frenética das alternativas de solução para um mal que ninguém conhecia com o objetivo de preservar a própria vida e a sobrevivência da economia.

As organizações e o home office

Para tentar evitar a desidratação dos negócios, aquelas organizações cuja atividade permitia começaram a trabalhar de forma remota com seus funcionários atuando “home office”. As empresas de tecnologia, com o objetivo de atenuar as circunstâncias e facilitar a comunicação à distância, disponibilizaram aplicativos (muitos deles sem qualquer custo) com o objetivo de viabilizar a operação.

E já algum tempo pressionadas e afetadas pelas outras realidades das tendências disruptivas provocadas pelas revoluções tecnológica e digital simultâneas, megahakers, sistemas políticos viciados e falidos, calamidades públicas, desastres ambientais, migrações humanas e mudança nos costumes da sociedade líquida, as pessoas, mais do que nunca, sentiram-se naquele momento desamparadas e sem conseguir vislumbrar uma fenda para enxergar um fio de luz de esperança.

Esperança

Mas, considerando que toda crise também nos proporciona infinitas possibilidades, duas questões cruciais poderiam ser consideradas para o nosso crescimento:

  • A primeira delas é: qual deveria ser o aprendizado que a COVID 19 está nos oferecendo?
  • E a segunda: como rentabilizar esse aprendizado de forma positiva daqui para a frente?

Vamos à primeira delas. O que é possível observar com a crise?

De repente, como num giro rápido de um corpo gigante com luz furta- cor, o mundo mudou, e todos começaram a agir de forma diferente.

1º. A enorme solidariedade das pessoas ficou patente através de um incontestável comportamento de cooperação e colaboração. Correntes do bem, “lives” por meio da internet de cantores e bandas, de consultores com aulas e debates no modo remoto.

2º. Uma mudança profunda na cultura e nos costumes tornou as pessoas mais tolerantes: na forma de comunicar e relacionar, no zelo com a saúde (máscaras, isolamentos) e na orientação de pessoas qualificadas (infectologistas, médicos, cientistas, fisioterapeutas) para conduzir o dia a dia de forma adequada.

3º. A criatividade aflorou. Pessoas que vislumbraram oportunidades nessa conjuntura começaram a produzir máscaras caseiras, técnicos desenvolveram respiradores por meio de engenharia simples…

4º. As crises aceleram a disrupção. Com muita frequência, é apenas o sentimento de crise ou de ameaça à saúde que determina o nível de urgência das mudanças:

  • Os colégios do ensino médio, reconhecidamente ilhas de resistência, tiveram que aderir forçadamente ao EaD (professores desengonçados, mas dando conta do recado), o que seria inviável antes da
  • O Ministério da Saúde e o Conselho de Medicina, que antes torciam o nariz, correram para sancionar a lei para a Telemedicina e o atendimento remoto aos
  • Além do ensino à distância, o trabalho remoto no home office e as reuniões virtuais foram institucionalizadas e amplamente exploradas. Nas palavras de um empresário que colocou seus quase 200 funcionários em casa trabalhando, sua produtividade aumentou. Ele ainda concluiu que, caso sua demanda tivesse um crescimento acelerado, poderia aumentar sua força de trabalho sem investir em ativos (escritórios físicos). Essa ideia veio para ficar. Sem dúvida, a legislação trabalhista terá que ser alterada e rapidamente.
  • O delivery “bombou”!!!

Nada mais natural, porque o mundo sempre evoluiu em momentos de crises: guerras, revoluções e pandemias.

Mas como rentabilizar esse aprendizado daqui para a frente?

Uma coisa é certa: esse mundo que conhecíamos não vai existir mais! As pessoas, as empresas, as instituições, o governo terão que desenvolver e adotar novas estratégias para não se tornarem irrelevantes e garantir a sua perenidade. Todos teremos que ser inovativos. Empreendedorismo passa a ser a palavra de ordem daqui para a frente. O script exige criatividade e inovação. E a tecnologia é a atriz principal desse enredo.

Nossa principal tarefa nesses novos tempos será, então, monitorar continuamente as mudanças tecnológicas e digitais e projetar como essas mudanças vão afetar de alguma forma nossa vida e sermos capazes de ”pivotar” para conseguirmos ser relevantes num futuro radicalmente diferente.

Qualquer pessoa é capaz de ser criativa e inovadora, desde que exercite a mente para questionar o mundo que a rodeia e, acima de tudo, desde que se questione para “descongelar” seu modelo mental.

Seja com relação à nossa empresa ou com relação a nós mesmos, quem não quiser se tornar irrelevante deverá ser orientado para a inovação e a inovação, como já dizia o economista austro-americano Joseph Schumpeter, é uma “destruição criativa”.

Já sabemos que inovação não é nem ciência nem arte. É uma prática! Você nunca vai mudar sua vida antes de mudar alguma coisa que você faz diariamente. Uma placa com a frase “Inovar é preciso” na porta do seu armário ou escritório pode soar como redundante, mas lembra você diariamente que… inovar é preciso!

Por isso, estabeleça o hábito de criar (gerar novas ideias) e inovar (para obter dinheiro novo).

Da mesma forma que uma pandemia provoca em todos uma imediata mudança radical e exige um novo modelo de pensamento e ação, uma das propostas que poderia ser adotada com o objetivo de promover a atitude para mudança em todos nós seria considerar, como uma prática permanente, a possibilidade de imaginar cenários desafiadores e, de certa forma, até trágicos para nós mesmos.

Em outras palavras, simularíamos crises e rupturas (“E se eu perder meu emprego amanhã?”, “E se ninguém desejar mais o produto ou serviço que ofereço?”, “E se acontecer alguma sabotagem no meu produto e eu tiver que fechar a fábrica?”, “E se eu tiver que trabalhar somente virtualmente?”, “E se eu tiver restrição de mobilidade?”) para que pudéssemos encontrar saídas atraentes.

Seria como um laboratório onde poderíamos desenvolver opções criativas para cada caso que, depois de validadas, seriam transformadas em alternativas viáveis. Não se esqueça de que, como já dizia Peter Drucker, “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.

As pessoas inovadoras bem-sucedidas não esperam até que aconteça um “clic” que lhes dê a “ideia cintilante”. Elas têm uma atitude proativa de contínuo questionamento: Por que não? E se…? Como seria se…? O que aconteceria se…?

E como ninguém consegue nada sozinho, a senha é buscar aliados e/ou patrocinadores para que, juntos, possamos fazer essa caminhada e atravessar as tormentas. A vida fica mais leve, e você conseguirá ter a necessária proatividade na antecipação das mudanças, capacidade de inovar para enfrentar os novos desafios e cocriar seu futuro!

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