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Procurement em startups

Desafios, estratégias e soluções para o crescimento escalável

O procurement, também conhecido como processo de compras estratégicas, desempenha um papel vital em qualquer empresa. No universo das startups, sua importância cresce ainda mais devido ao ritmo acelerado, recursos limitados e necessidade constante de escalar. Apesar de muitas vezes negligenciado nas fases iniciais, o procurement eficiente pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma startup.

Este artigo explora como gerentes, analistas, especialistas e diretores de compras podem estruturar, otimizar e inovar o procurement em startups, enfrentando os principais desafios com inteligência e visão estratégica.


O que é procurement e por que ele importa tanto em startups?

Antes de tudo, é fundamental entender que o procurement vai além da simples compra de produtos ou serviços. Ele envolve gestão de fornecedores, negociação de contratos, análise de custos e garantia de compliance. Para startups, cada centavo conta, e cada contrato mal negociado pode comprometer meses de fluxo de caixa.

Além disso, a velocidade de crescimento exige que compras e suprimentos estejam preparados para escalar rapidamente, sem perder a qualidade ou comprometer a eficiência operacional. Startups bem-sucedidas tratam o procurement como alavanca estratégica, não como tarefa administrativa.


Principais desafios do procurement em startups

Para começar, o primeiro desafio é a falta de processos estabelecidos. Ao contrário de grandes empresas que contam com departamentos robustos e ferramentas avançadas, startups frequentemente operam com equipes enxutas e ferramentas improvisadas.

Outro obstáculo recorrente é a escassez de dados históricos. Sem informações sobre consumo, fornecedores ou preços praticados anteriormente, a tomada de decisão se torna menos precisa e mais arriscada.

Além disso, startups enfrentam dificuldades na negociação com fornecedores, já que muitas vezes não possuem volume de compras suficiente para barganhar preços ou prazos mais vantajosos. Isso exige criatividade e construção de parcerias sólidas desde o início.


Como estruturar um procurement eficiente desde o início

Por conseguinte, a primeira recomendação é centralizar as demandas de compras. Mesmo em equipes pequenas, é importante evitar a descentralização total, que pode gerar desperdícios e dificultar o controle de custos. Nomear um responsável por compras, mesmo que parcialmente dedicado, já ajuda a trazer clareza ao processo.

Além disso, é crucial mapear todas as necessidades da empresa, categorizando por tipo de compra, frequência e criticidade. Isso permite priorizar os contratos mais relevantes e evitar compras emergenciais desnecessárias.

Outro passo essencial é estabelecer políticas claras, mesmo que simples, sobre aprovações, limites de gastos e critérios de escolha de fornecedores. Isso garante previsibilidade e reduz riscos operacionais.


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Ferramentas e tecnologias que podem impulsionar o procurement

Atualmente, o mercado oferece diversas ferramentas de procurement acessíveis, muitas delas com versões gratuitas ou adaptáveis à realidade das startups. Softwares como Pipefy, Precifica, Tiny ERP e Nibo Compras são boas opções iniciais.

Além disso, integrar o procurement com ferramentas de gestão financeira e ERP ajuda a melhorar o controle orçamentário e oferece dados importantes para futuras negociações.

Outra tecnologia promissora é a automação de processos, que reduz o tempo gasto em tarefas manuais, como requisições e cotações, e permite que os profissionais de compras foquem em estratégias e negociações.


Estratégias para negociações mais vantajosas com fornecedores

Posteriormente, para negociar com mais poder, mesmo com volume baixo, startups podem adotar algumas estratégias eficazes. Uma delas é construir parcerias de longo prazo, oferecendo fidelidade em troca de condições especiais.

Outra tática útil é buscar fornecedores também em fase de crescimento, que estejam mais abertos a negociações e possam crescer junto com a startup. Essa sinergia pode gerar vantagens para ambos os lados.

Além disso, compras colaborativas com outras startups do mesmo ecossistema também podem aumentar o volume de pedidos e gerar maior poder de barganha.


Como medir a performance do procurement na startup

Para que o procurement evolua, é imprescindível medir sua performance com indicadores claros. Entre os mais relevantes estão economia gerada em negociações, prazo médio de compras, nível de satisfação dos stakeholders internos e tempo de resposta dos fornecedores.

Mais adiante, a análise desses dados permite identificar gargalos, oportunidades de melhoria e, principalmente, mostrar o valor estratégico do procurement para os líderes da startup.

Outro indicador essencial é o compliance com os processos internos, já que compras feitas fora das regras estabelecidas podem gerar riscos fiscais, operacionais e reputacionais.


O papel estratégico do procurement no crescimento da startup

Ao passo que a startup cresce, o procurement se torna cada vez mais estratégico. Ele passa a ser responsável por garantir escalabilidade, assegurando que os suprimentos acompanhem o ritmo de crescimento, sem interrupções ou perdas de eficiência.

Além disso, um procurement bem estruturado contribui diretamente para a rentabilidade da empresa, reduzindo custos e permitindo que recursos sejam investidos em áreas-chave, como produto e marketing.

Em estágios mais avançados, o procurement também atua como ferramenta de inovação, ao buscar novos fornecedores, tecnologias e modelos de contratação que possam gerar vantagem competitiva.


Cases de sucesso: startups que escalaram com procurement estratégico

Recentemente, diversas startups brasileiras e internacionais mostraram como o procurement pode ser diferencial competitivo. Um exemplo notável é a Nubank, que desde cedo implementou processos de compras robustos, mesmo com uma estrutura enxuta.

Outro case relevante é a Loft, que adotou tecnologia e automação no procurement desde sua fundação, garantindo agilidade e controle em todas as aquisições.

Por fim, a Hotmart também é exemplo de como o procurement bem estruturado pode acompanhar a escalada global de uma startup, garantindo qualidade e previsibilidade nas operações.


Conclusão: o procurement pode ser a chave do crescimento sustentável

Em resumo, o procurement não é um luxo para startups em estágio inicial, mas sim uma necessidade para garantir crescimento sustentável, rentável e escalável. Ignorar essa área pode gerar custos altos e limitar a competitividade da empresa.

Por outro lado, investir desde cedo em processos, tecnologia, estratégias de negociação e gestão de fornecedores pode trazer resultados significativos, mesmo com equipes pequenas.

Para gerentes, analistas, especialistas e diretores de compras que atuam em startups, o desafio é grande, mas o potencial de impacto também é. Com visão estratégica, o procurement se torna uma verdadeira alavanca de crescimento.


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