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Procurement Ágil: Ganhos em eficiência e velocidade

Em um cenário cada vez mais volátil e competitivo, a área de Compras e Suprimentos assume um papel fundamental na sustentabilidade e crescimento das organizações. Não basta mais negociar preços ou garantir o abastecimento de materiais. O desafio agora é entregar resultados rápidos, com eficiência operacional, alinhando estratégias de aquisição às metas do negócio. Nesse contexto, surge o conceito de Procurement Ágil – uma abordagem que revoluciona a forma como os times de compras atuam.

O que é Procurement Ágil?

Antes de mais nada, é essencial compreender que compras ágeis não são apenas a aplicação de metodologias como Scrum ou Kanban na área de suprimentos. Trata-se de um mindset, uma mentalidade que prioriza respostas rápidas, colaboração entre áreas e foco no valor entregue ao cliente interno e externo.

Diferente dos modelos tradicionais, onde os processos são rígidos, burocráticos e pouco adaptáveis às mudanças, o procurement ágil adota ciclos curtos de planejamento, experimentação e melhoria contínua. Isso permite que as decisões sejam mais assertivas e ajustadas à realidade dinâmica do mercado.

A urgência de adotar a agilidade em Compras

Muitas empresas ainda operam com processos de aquisição baseados em planilhas, e-mails e aprovações sequenciais. Como resultado, enfrentam atrasos, retrabalho e baixa visibilidade sobre os dados. Diante disso, adotar uma abordagem ágil no setor de suprimentos não é apenas uma vantagem competitiva — é uma necessidade estratégica.

Enquanto alguns segmentos aceleraram suas transformações digitais nos últimos anos, a área de compras ainda engatinha em muitos negócios. Ao incorporar práticas ágeis, abre-se espaço para uma evolução cultural, além de ganhos tangíveis em tempo, custo e qualidade.

Como aplicar a agilidade no dia a dia do Procurement

Para que a metodologia ágil funcione na prática, é preciso ir além da teoria. O primeiro passo é formar squads multifuncionais, compostos por profissionais de compras, finanças, logística e stakeholders internos. Essa estrutura permite que os projetos fluam com mais autonomia e alinhamento, evitando gargalos comuns na comunicação.

Posteriormente, é necessário revisar os fluxos internos. Automatizar etapas repetitivas e eliminar burocracias são ações fundamentais. Com isso, os profissionais podem se dedicar a atividades mais estratégicas, como análise de mercado, negociação e gestão de fornecedores.

Benefícios concretos: o que muda com o Procurement Ágil?

Ao adotar a agilidade na gestão de compras, as organizações observam ganhos expressivos. Um dos mais evidentes é a redução no tempo de aquisição. Projetos que antes levavam semanas para serem aprovados e executados podem ser concluídos em poucos dias, graças à descentralização das decisões e uso de ferramentas digitais.

Além disso, a colaboração entre áreas se fortalece, criando uma cultura de cocriação. Em vez de atuar como um setor reativo, que apenas responde a demandas, o time de suprimentos assume um papel proativo, antecipando necessidades e propondo soluções.


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Tecnologia como habilitadora da agilidade

Embora a agilidade seja uma filosofia, a transformação digital em suprimentos é um fator indispensável para que ela se torne realidade. Plataformas de e-procurement, sistemas de gestão de contratos, ferramentas de RPA (Robotic Process Automation) e inteligência artificial aceleram e otimizam os processos decisórios.

Ademais, o uso de analytics permite visualizar indicadores em tempo real, avaliar o desempenho de fornecedores e identificar oportunidades de economia. Com esses dados em mãos, os profissionais de compras ganham confiança para tomar decisões ágeis e baseadas em evidências.

Desafios e barreiras na implementação do modelo ágil

Mesmo com todas as vantagens, implementar o procurement ágil exige planejamento e mudança cultural. Entre os principais obstáculos estão a resistência interna, o excesso de controles centralizados e a falta de capacitação das equipes.

Nesses casos, o ideal é iniciar com projetos-piloto em áreas ou categorias específicas. Isso ajuda a validar o modelo, mensurar resultados e conquistar o engajamento das lideranças. A comunicação transparente e o incentivo ao erro como parte do aprendizado são essenciais nesse processo.

Métricas que importam: como mensurar a eficiência no procurement ágil

Para garantir que o novo modelo esteja gerando valor, é preciso monitorar os resultados. Indicadores como lead time de compras, nível de serviço dos fornecedores, redução de custos indiretos e satisfação dos stakeholders internos devem ser acompanhados com regularidade.

Vale destacar que a agilidade não significa acelerar por acelerar. O foco está em entregar mais valor com menos desperdício. Por isso, além de medir velocidade, é importante avaliar a qualidade das entregas e o alinhamento com os objetivos estratégicos da empresa.

Exemplos de empresas que aplicam compras ágeis com sucesso

Diversas organizações globais vêm colhendo frutos com a aplicação da agilidade em suas áreas de suprimentos. Empresas como Unilever, Nestlé e Siemens redesenharam seus processos de sourcing e procurement com foco em resiliência e velocidade.

Esses cases mostram que não se trata apenas de uma tendência passageira, mas de uma mudança estrutural na forma como os times de compras operam. Ao adotar metodologias ágeis, essas companhias conseguiram não só otimizar seus processos, como também reduzir riscos e aumentar o impacto estratégico do setor.

O papel da liderança na transformação ágil

Para que a agilidade floresça, é imprescindível que os líderes de compras assumam o papel de agentes de transformação. Isso inclui incentivar a autonomia, remover obstáculos burocráticos e garantir que as equipes estejam capacitadas para atuar de forma colaborativa.

Mais do que nunca, espera-se que os líderes não apenas conheçam os conceitos de ágil, mas que também vivam os princípios no dia a dia. Isso significa dar espaço para a experimentação, aceitar erros como parte do caminho e celebrar aprendizados.

Conclusão: a hora de agir é agora

O mundo dos negócios mudou — e a área de suprimentos precisa acompanhar esse ritmo. O modelo tradicional, linear e engessado, já não atende às demandas de um mercado volátil, tecnológico e orientado por dados. A adoção do procurement ágil não é apenas uma evolução operacional, mas uma decisão estratégica com impacto direto na competitividade e sustentabilidade das empresas.

Empresas que investem na agilidade conquistam ganhos reais em eficiência, velocidade e valor percebido. Por isso, se você atua na área de compras e deseja se destacar no mercado, o momento de repensar seus processos é agora. O futuro das aquisições é colaborativo, digital e ágil.

 

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