Analistas de ProcureTech ainda são relevantes?
Descubra por que muitos analistas perderam sua relevância no cenário de compras digitais e o que os profissionais de procurement devem fazer a respeito.
📌 O que (deveria) significar ser analista?
A palavra “analista” tem origem em “análise”, que por definição é a investigação detalhada da estrutura ou dos elementos de algo. Em teoria, um analista de ProcureTech deveria examinar minuciosamente soluções tecnológicas, avaliar fornecedores de forma crítica e entregar diagnósticos úteis a quem toma decisões na área de compras.
No entanto, essa função parece estar perdendo seu propósito nas principais consultorias do setor. Firmas como Gartner, Forrester, IDC e Hackett — que antes influenciavam tendências — agora enfrentam críticas crescentes pela falta de profundidade, independência e objetividade em seus relatórios.
🔎 O que está sendo questionado?
Nos últimos meses, líderes do setor vêm questionando se os analistas realmente estão fazendo o trabalho de campo, ou apenas repetindo discursos de fornecedores.
Casos como:
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A saída da FourKites de um mapa de quadrantes,
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A crítica pública de Arthur Mesher a um evento de analistas,
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A avalanche de postagens no LinkedIn questionando a imparcialidade dos rankings,
…acenderam o alerta entre compradores profissionais e especialistas de suprimentos.
💬 Quando a análise se torna marketing disfarçado
Muitos relatórios e mapas que deveriam guiar decisões são, na verdade, estruturas comerciais revestidas de credibilidade. A depender do valor pago, um fornecedor pode obter mais visibilidade ou destaque no relatório — mesmo que não ofereça a melhor tecnologia ou experiência de entrega.
Com isso, o que deveria ser uma fonte de confiança para times de compras se torna uma vitrine enviesada, onde inovação é sinônimo de orçamento de marketing.
💡 A diferença entre visibilidade e verdade técnica
Nem todo fornecedor que aparece com destaque em um quadrante é, de fato, o mais indicado para seu processo. Em muitos casos, startups com soluções altamente alinhadas às necessidades de procurement estratégico ficam de fora por não atenderem aos critérios subjetivos de “visão”, “estratégia de vendas” ou “reconhecimento de mercado”.
O problema é estrutural. As grandes consultorias acabam excluindo soluções relevantes por critérios arbitrários que não refletem capacidade técnica ou compatibilidade funcional com as necessidades dos compradores.
Continua…